Boa Morte e outras irmandades
Texto recolhido do Blog de “Leca Lima” http://lecalima.fdj.vilabol.uol.com.br/ (Meu nome é LECIANE LIMA, para os íntimos Leca. Sou estudante do 3° semestre de jornalismo da Faculdade Dois de Julho, em Salvador/BA)
No Blog, o texto será localizado pelo menu “Trabalhos” e, nele, “ A IRMANDADE DA BOA MORTE – REDAÇÃO JORNALÍSTICA”
ou direto pelo linck completo:
http://lecalima.fdj.vilabol.uol.com.br/festa.htm
Texto transcrito
A participação dos membros da Irmandade do Rosário dos Pretos na festa da Boa Morte se dava de forma profana, participando apenas como público por conta do afastamento da entidade de Cachoeira da Igreja Católica, há dois anos isto mudou. A irmandade de Salvador participa da parte religiosa da festa. Esse ano a presença foi mais intensa. A vice-priora da Irmandade do Rosário dos Pretos acredita que a participação dos políticos ofuscou o brilho da festa, principalmente durante a procissão.
Segundo a vice priora da mesa de honra, Maria da glória Bonfim, a Irmandade do Rosário dos Pretos está ligada a Boa Morte porque ambas têm uma história de resistência. Para Glória a Irmandade da Boa Morte passou muito tempo afastada da Igreja Católica e hoje o contato entre as duas irmandades se dá somente durante as festas.
Além da festa da Boa Morte há quatro grandes festas que as Irmandades participam: em Janeiro a de Santo Antônio de Categeró, em abril São Benedito, em Outubro a de Nossa Senhora do Rosário, e em Dezembro a de Santa Bárbara.
No ano de 1685 foi criada a Irmandade do rosário dos Pretos, que funcionava inicialmente na Igreja da Sé. Com o passar dos anos Os Irmãos Pretos passaram a desejar privacidade e por isso procuraram uma igreja própria. A Irmandade era composta inicialmente por negros procedentes de angola e do Congo. A entidade foi um “canal para ascensão social do negro”, pois a imagem de “bom procedimento” dos seus membros, implicava, conseqüentemente, na valorização profissional e qualificação social no sistema escravocrata “segundo afirma (MATTOS, Waldemar. 1978.p.77)”.
