EU – Igreja de NS das Graças de Lisboa
Lisboa ou Évora ?
Aos poucos vamos descobrindo onde estão as imagens do beato
Tomamos conhecimento da existência dessa imagem de Categeró através do Artigo “Antônio Etíope e Benedito, o mouro: o escravinho Santo e o preto eremita”. De autoria de Giovanna Fiume, publicado na revista Afro-Ásia – do Centro de Estudos Afro-Orientais – FFCB/UFBA – 2009, facilmente disponível na internet com essas indicações, que também estamos postando em Trabalhos Acadêmicos. (Página 85 do trabalho ou 38 do PDF )
A autora é professora de História Moderna na Faculdade de Ciências Políticas de Palermo, na Itália. Ela descreve um Santo António de Noto, para nós, beato Antônio de Categeró, com 20cm de altura, em madeira policromada, do século XVIII. A foto com a qual a autora ilustra seu trabalho, mostra o beato Antônio de Categeró e um São Benedito, este com 67 cm de altura, mas que não está proporcional na montagem gráfica apresentada, inclusive com problemas de nitidez.
Estamos nos esforçando em contatar com algum historiador ou pesquisador português que possa esclarecer nossas dúvidas quanto o funcionamento desse local e onde se encontram essas imagens citadas. A notícia da pesquisadora cita como Lisboa mas existem informes na rede de que havia sido transferida para Èvora.
Abaixo transcrevemos como a autora legenda a ilustração do altar onde se encontra o Beato Antônio de Categeró e outras imagens:
“Detalhe da capela da antiga Confraria de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos em Lisboa, Igreja de Nossa Senhora das Graças, século XVIII. Santo Elesbão e Santa Efigênia estão representados no primeiro plano, os franciscanos Santo António de Noto e São Benedito, no segundo, encimados pela Senhora do Rosário. Elesbão e Efigênia aparecem em hábitos carmelitas porque a igreja onde se encontra o altar representando foi primitivamente um convento dos Carmelitas Descalços, embora os dois tenham vivido muitos séculos antes do advento de tal ordem mendicante, fundada no século XII, oficialmente reconhecida em 1226, com seu ramo feminino estabelecido em 1452 e reformado por Tereza de Ávila no século seguinte. Efigênia teria vivido na época de Mateus, século I d.C., Elesbão provavelmente no século VI.”
A imagem descrita faz parte dos Categerós barrocos existentes, que devem se mais de 20 imagens, no Brasil. Mais de três garantidamente em Portugal. Abaixo algumas delas.
Abaixo, o que encontramos sobre o local descrito pela pesquisadora Giovanna Fiume com depositário desta imagem de Categeró entre outras.
Igreja do Convento de Nossa Srª da Graça – Portugal
Freguesia: Sé e São Pedro;
Concelho: Évora;
Distrito: Évora
A Igreja da Graça ou Convento de Nossa Senhora da Graça (popularmente chamado Convento da Graça ou Meninos da Graça), é um importante monumento religiosa renascentista da cidade de Évora, situando-se no Largo da Graça, na freguesia da Sé e São Pedro. Este mosteiro, dos frades eremitas calçados de Santo Agostinho, foi fundado em 1511, tendo sido projectado pelo arquitecto da Casa Real Miguel de Arruda.
O edifício é um belo exemplar do mais puro estilo renascentista, tendo nos acrotérios da fachada as famosas figuras atlantes a quem o povo de Évora chama desde há séculos, os “Meninos da Graça”. Sofrendo o golpe da extinção das ordens religiosas, no ano de 1834, o Convento da Graça foi nacionalizado e transformado em Quartel. Entrou então em grande ruína, perdendo-se grande parte dos seus valores sumptuários, o que constituiu uma enorme perda para o acervo artístico de Évora. Muitos dos altares, imagens e sinos da igreja foram transferidos para a Igreja do Convento de São Francisco, então já paroquial de São Pedro (em cuja freguesia se situava o arruinado Convento da Graça).
Está classificado pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910 e Património Mundial da UNESCO desde 2001 [1].
A bela capela da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos da cidade de Évora, em mármores coloridos e embutidos, que situava no claustro, foi, em boa hora, transferida para a Igreja do Espírito Santo. O estado calamitoso de ruina atingiu o ponto máximo em 1884, com o desabamento da abóbada da igreja, perdendo-se os seus magníficos painés de azulejo (que representavam cenas da vida de Santo Agostinho). O edifício veio a ser restaurado só na segunda metade do século XX, conservando (o exterior e algumas dependências conventuais, como o claustro e o refeitório) as linhas da arte renascentista que o tornam num dos mais belos monumentos eborenses.
Presentemente serve de Messe de Oficiais da guarnição de Évora, sendo a Igreja a Capelania da Região Militar Sul.
Links que consultamos:
pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Gra%C3%A7a_(%C3%89vora)
http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/71380/