Livro com a história da Irmandade de Nª Sª do Rosário dos Pretos de SP

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A centenária imagem de Categeró da Igreja de Nª Sª do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo

A Irmandade de Nª Sª do Rosário dos Homens Pretos, da cidade de São Paulo, como toda grande e centenária instituição nacional brasileira, foi zelosa com sua história. O livro ” Os pretos do Rosário de São Paulo, subsídios históricos – a livro-raul-capacomemoração do centenário da abolição 1888-1988″ retrata a formação e desenvolvimento da entidade, com a precisão da ambientação das diversas épocas e formas sociais que conviveu ou, foram seus membros submetidos. O autor é o Comendador Raul Joviano Amaral, advogado campinense e falecido em 1988. A primeira edição da obra ocorreu ao final da década de 1950 e a segunda edição na última década do século passado (1990).

São 260 páginas de um relicário histórico importante da vida paulistana nos últimos séculos. Um trabalho focado antropologicamente, nas questões sociais e de fé, por isso tratando das questões da cultura religiosa, em suas variantes étnicas.  O comendador Jovino, parece ter trabalhado na segunda edição, pelo que se nota da introdução por ele assinada em 1987, ano anterior ao seu falecimento. Mas, cuja publicação da obra vai ocorrer nos primeiros aos de 90.

A obra responde, muitas questões não publicadas em outras obras, sobre devoções que se iniciaram junto à Irmandade do Rosário paulista e, depois, seguiram seus destinos se transformando em paróquias. Entre outros, é o caso de Santa Edwiges constante da página 56 (nosso interesse). Mas, também, quando cita junto com as demais devoções, a maioria de santos negros, Santo Antônio de Catigiró. Destacamos essa grafia, (Catigiró) típica da linguagem interiorana paulista, àquela época (seu início), alivro-raul Irmandade era mais que uma periferia do centro urbano de São Paulo, naquela época, ela incorporava os valores dos rincões paulistas, que para ali convergiam. E Catigiró era a linguagem cantada com a viola e integrante das rezas e orações das benzedeiras, então não muito bem vistas, pela igreja.

Mas, o maior destaque está de páginas 29 à 31 quando ele aborda a primeira Irmandade de Nª Sª do Rosário dos Homens Pretos, da cidade de São Paulo, registrada em livros Tombo, do Arquivo da Cúria Metropolitana paulista, como tendo sido fundada no ano de 1590.  Essas páginas devem exigir um pensar mais profundo, não só dos atuais irmãos do Rosário paulista, mas de toda historiografia laica e religiosa, que pesquisa os aspectos fundacionais da vida paulistana.

Um destaque, em separado, sobre a bibliografia, é não ter encontrado, no livro do comendador referências sobre as aquisições e entronizações das imagens existentes na igreja, que pela quantidade e tamanho, deve ser bastante  vultoso. Mas, como foi informado pela coordenadora, que possa ser encontrado, no arquivo em posse do Interventor.

O livro com a história da Irmandade pode ser adquirida, diretamente, na igreja, em São Paulo.

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