Uma crítica em Benedito das Flores e Antonio de Categeró

Fé e Cultura em São Benedito, por José Roberto Marcelino Santos

Livro do Museu Afro Brasil

Texto publicado na página 9 do catálogo

A questão das obras culturais patrocinadas sob a égide do poder público, na democracia, não devem apresentar os ranços, então atribuídos às questões de Estado forte ou de momentos inconstitucionais. O material apresentado com “Fé e cultura” por José Roberto Marcelino Santos é um prefácio ou texto preambular. No entanto, sendo o autor deste capítulo – presidente do conselho de administração do SAMAS, e por isso, um ator importante na entourage burocrática pública, provavelmente, de relevância para a produção da obra, que está sendo resgatado para a cena de composição no desfile da exposição.

O texto dele é bom e foca, perfeitamente, no que seu título se propôs: “São Benedito: Fé e Cultura”. Porém, não está adequado no contexto da obra, como auxiliar ao entendimento de uma exposição de esculturas de dois franciscanos negros. Neste sentido, ele é um capítulo incompleto que necessita ser complementado pelo idealista da obra – Emanoel Araújo, no capítulo seguinte.

Sua citação de que São Benedito teria o título de “Patrono dos Negros”, não é nada usual, no Brasil ou no estrangeiro, como também não consta do que está na cultura popular, publicada sobre a vida do santo.

Em seu penúltimo parágrafo, corroborando avaliação anterior, José Roberto Marcelino Santos, mostra uma ambientação em que se expressa sobre São Benedito: “Guiado por tão grande riqueza cultural e religiosa, coloco em mostra quase duzentas imagens de São Benedito, para encerrar o ciclo de exposições temporárias de 2011 no Museu de Arte Sacra de São Paulo”.

Quase 200 imagens de São Benedito… superdimensionou que retira Santo Antonio de Categeró da mostra. Ou, então, pouco tempo para análise do trabalho, de quem, talvez, nem seja da área.

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