Apresentação por Andréa Matarazzo, Sec de Cult/SP
Benedito das Flores e Antonio do Categeró
Livro do Museu Afro Brasil
Texto publicado na página 7 do catálogo
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Apresentar um trabalho artístico é uma tarefa muito gratificante. A qualificação do apresentador define o tipo de texto prefacial que redigirá preparando para as pessoas que adentram à obra.
Se um técnico da área, este então fará uma abreviada apreciação, do que está sendo posto à disposição dos leitores. Neste caso do que constava de esculturas dos dois frades negros.
Porém, se é uma pessoa ilustre, administrador público, ou que, por qualquer motivo, foi importante para que a obra acontecesse, tem-se aí, um prefácio ou apresentação política.
Nessa circunstância o prefaciador tratará politicamente a questão. Seria o caso do Secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Andréa Matarazzo, que poderia ter destacado o apoio que o governo de São Paulo, falando no governador e do quanto tem contribuído para a cultura, como no caso deste Catálogo, como de outras iniciativas.
Mas Andrea Matarazzo fez um texto “capitis diminutio” sobre o que estaria presente no catálogo. Perdeu a oportunidade histórica de contribuir para a causa negra, para o governo do Estado e de melhor tratar a cultura. Talvez só a venha a entender, o que realmente se tratava, após passar os olhos no catálogo, depois de impresso. Talvez nem tenha se dado conta. Agora é tarde, Inês é morta…
Dos três pequenos parágrafos que compõe sua apresentação, no primeiro só falou em São Benedito. E no terceiro superdimensionou em 200 esculturas, de São Benedito, na exposição, sem qualquer necessidade.
Na visão posta pelo apresentador São Benedito seria o foco do Catálogo. No entanto o título, da obra, que lhe foi proposta, constava Antonio de Categeró. O que houve com o secretário?.. Não foi nem político, nem técnico.
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