Romance e Filme de Caio Fernando Abreu

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Romance de Caio F Abreu fala de  Categeró

(Teledramaturgia)

O Linck,  no Blog do próprio, Caio Fernando Abreu expressa o texto do romance que virou filme: “Onde andará Dulce Veiga” (Parte 3) – III QUARTA-FEIRA A FERA MUÇULMANA – 19, que em sua terceira parte, bem ao final apresenta um diálogo entre.os personagens E. M. Forster e Patrícia, onde é inserido um resumo biográfico de Santo Antônio de Categeró, estando os personagens dentro da Matriz de Nª Sª do Ó, junto a relíquia do ante braço do Santo, cuja relíquia é osculada, pela personagem feminina Patrícia.

Leia o trecho desta parte do filme/romance,que pinçamos do blog e sua referência a Categeró:  http://caiofabreu.blogspot.com/2010/09/onde-andara-dulce-veiga-parte-3.html

“Entrei na igreja, parecia vazia, nenhuma outra porta aberta a não ser aquela por onde eu entrara. E Dulce Veiga não estava lá. A única pessoa dentro da igreja, ajoelhada ao lado do altar principal, era Patrícia. Olhos fechados, ela rezava aos pés da imagem de um santo negro, colocado sobre uma urna de vidro. Toquei seu ombro, ela olhou para cima: − Onde está Dulce Veiga? − Não sei − ela disse −, não sou detetive. − Eu a vi entrar na igreja. − Você está louco, estou aqui há meia hora, não entrou ninguém. − Patrícia apontou para a imagem do santo, levou o indicador à boca, pedindo silêncio, e sussurrou: − Faz um pedido. Faz que ele atende. No vidro da urna havia um papel contando a história de um certo  beato Antônio de Categeró, escravo que virará monge franciscano, depois eremita, e morrera na Itália, quinhentos anos atrás. Meu Deus, pensei. Pero Vaz de Caminha acabara de mandar a tal carta.

Dentro da urna, estendidos num estojo aberto, dois ossos do antebraço do beato. Era meio nojento, e eu não entendia como aqueles ossos pequenos, finos, tinham vindo parar no alto da Freguesia da Nossa Senhora do Ó, se o santo era italiano, africano ou brasileiro. Patrícia puxou a barra da minha calça. − Faz um pedido − insistiu. Eu fiz: pedi para descobrir onde andaria Dulce Veiga. Me benzi rapidamente, sem ajoelhar, eu tinha que correr para a casa do maldito Rafic.
− Estou atrasado, tenho que ir até o Morumbi. Patrícia benzeu-se. Beijou as pontas dos dedos, encostou-os na urna com aqueles ossos, depois tocou de leve na própria testa. Mesmo com seu novo ar de solteirona precoce, não combinava com aquela cena. Nem eu. O rosto dela parecia muito sereno quando levantou. − Eu levo você de moto − disse. Talvez, afinal, eu devesse começar a acreditar em milagres. Em rezas, em sonhos, em delírios.

Eis a Sinopse padrão do filme que corre a Internet: Nos anos de 1980, um jornalista decide descobrir o paradeiro de Dulce Veiga, uma atriz e cantora que desapareceu misteriosamente nos anos 1960. O que ele não sabe é o quanto terá que descobrir sobre si mesmo antes de encontrá-la. Nesta busca, atravessa o Brasil, do Rio de Janeiro à Floresta Amazônica, e fica cada vez mais obcecado pela personalidade intrigante da filha de Dulce, uma famosa roqueira lésbica. Baseado no livro homônimo de Caio Fernando Abreu.

O dicionário Wikipédia faz um bom resumo biográfico e da produção intelectual de Caio Fernando Abreu. http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Fernando_Abreu já com o linck para o romance com resumo e detalhamento do filme.

Comentário de Juliana Carioni em seu blog sobre Caio R Abreu:

[Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio F. Abreu fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Mostra uma visão dramática do mundo moderno. Hoje, dia 12 de setembro, Caio completaria 62 anos! O nome deste blog é uma homenagem a este sábio imortal. Parabéns Caio!!] http://julianacarioni.blogspot.com/2010/09/parabens-caio.html?zx=3f280b4e4795430d

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