2006 – Um gaúcho em Noto a procura de Categeró

2006 UM GAUCHO EM NOTO 1

Depoimento de Tilton sobre sua visita a Noto

(Grupos Devocionais)

A procura de Santo Antônio de Categeró…
Retornando de uma excursão do leste europeu, finalizando em Roma, antes de retornar ao Brasil, deixamos uma semana de tempo livre, para viajar a cidade de Noto, localizada ao leste da ilha de Cicília, no extremo sul da Itália.
Eu e Janete, minha esposa, planejamos esta visita para localizar o local onde viveu e atualmente se encontra a urna com os ossos do Santo. O que motivou nossa peregrinação foi a leitura do livro editado pela Paulus, escrito por Salvatore Guastella “Santo Antônio de Categeró”, que nos serviu de guia para chegar no destino.
Saímos de Roma pela manhã, guiando um carro de porte pequeno, em direção ao sul da Itália, no final da tarde chegamos em Reggio di Calábria, local da travessia de balsa para ilha de Cicília, do outro lado Messina, onde pernoitamos. No outro dia pela manhã, seguimos viagem com destino a Noto, em Catania, visitamos o vulcão Etna em plena erupção. Após o almoço, continuamos nossa viagem, por estradas antigas asfaltadas, com desvios, dando lugar ao novo traçado da rodovia, em fase de construção. Com ansiedade para chegar no destino, em seguida passamos por Siracusa, Avola, em fim, chegamos em Noto. Naquela tarde do dia 19 de agosto de 1998, quarta-feira, fazia muito calor, cidade pequena (23 mil hab.) localizada no alto, prédios antigos, chamou atenção de muitas igrejas antigas. Dirigindo com cuidado, pelas ruas estreitas, passa um carro de cada vez, fomos subindo em direção ao ponto mais alto da cidade, onde se avista a cúpula de uma grande igreja, na nossa imaginação aquela seria a igreja de Santo Antonio Categeró.
Estacionamos o carro, numa pequena praça existente perto da igreja, nossa presença chamou atenção das pessoas do local, logo deu para perceber que éramos turistas. Motivados a encontrar a imagem do Beato Antônio, entramos na igreja, que estava em restauração interna, começamos a procurar a imagem do Santo, não encontramos. Nos dirigimos a uma senhora que estava preparando o altar, para a missa das 19 horas daquele dia, perguntamos pela imagem de Santo Antônio de Categeró, nossa surpresa, não sabia informar a localização do Santo. Ainda, dentro da igreja, observamos entre as escoras de apoio dos andaimes, um pequeno grupo de turistas italianos, atentos, ouvindo as explicações de um jovem guia ciciliano, de nome Paulo Belmonte, mais tarde ficamos sabendo que era seminarista. Começamos a nos aproximar do grupo, na devida oportunidade, nos apresentamos ao guia, relatamos o motivo da nossa visita, também não sabia informar sobre o Santo. Mas se mostrou interessado em nos ajudar. Solicitou que aguardasse que voltaria nos dar a devida atenção. Ao retornar mostrei o livro do Salvatore Guastella, que indicava o Instituto Giavanti o local do Antonio Etíope, hoje pouco conhecido em Noto. Acompanhado do Paolo, caminhamos alguns quarteirões até a Via Antônio Sofia, 82, ao bater na porta do Instituto Giavanti, prédio antigo, anexo pequena igreja de Santa Maria de Jesus, atendeu uma simpática irmã religiosa, de habito branco, de nome Josephine Pisani. Paolo se apresentou e fez nossa apresentação, sorridente deu boas vindas e nos conduziu através dos corredores internos do Instituto Giavante, hoje se dedica a crianças órfãs e abandonadas, passamos por uma porta interna e ingressamos na Igreja. Logo avistamos a direita do altar, protegido por um vidro, pequeno baú de madeira contendo os ossos do Beato Antônio. Após localizar as relíquias, permanecemos em Noto o tempo necessário para visitar, não muito longe dali, a gruta de São Conrado, patrono da cidade e diocese, local preferido do bem-aventurado Antônio Negro, para retiro espiritual e fazer penitência.
Retornamos a Porto Alegre no dia 26/08/1998, com o firme propósito de divulgar a devoção a Santo Antônio de Categeró.
Porto Alegre, 06/11/2006.

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