2007 – Novo Capelão da BM/RS apoiará o JCB na devoção de Categeró

Eis a matéria produzida com a entrevista do Pe. Hofmeister em 15/02/2007

(Grupos Devocionais)

A maioria dos jovens vocacionados à batina torna-se seminarista ainda na adolescência. No caso do padre porto-alegrense Antonio Augusto Brum Hofmeister, o chamado definitivo de Deus só seria atendido aos 24 anos. Ordenado presbítero há cinco, trabalhou em Camaquã e, em seguida, assumiu a Paróquia de Nossa Senhora das Dores, no Centro da Capital. Ano passado, após o falecimento do amigo João Peters recebeu outro chamado. Desta vez, seria um convite para cumprir as funções de Peters como capelão Honorífico da BM.
Por dois anos, Hofmeister e João Peters conviveram na paróquia – localizada em frente ao Quartel General da BM. “Padre João me pedia a igreja emprestada para realizar missas para os brigadianos”, recordou o novo capelão. A disponibilidade de Peters em ajudar recebeu elogios de Hofmeister. “Ele poderia ser apelidado de ‘posso’. Sempre que alguém perguntasse se ele poderia prestar auxilío em alguma coisa, era o que ele respondia: ‘Posso’.”De tanto ouvir falar da BM por meio do colega de batina e de conviver com PMs, Hofmeister aos poucos foi se aproximando e simpatizando com a instituição.

Nova missão
Com o falecimento de Peters em 16 de setembro do ano passado, alguns oficiais alertaram o comando de que a missão de capelão precisaria continuar. “Durante as homenagens alguns brigadianos se reuniram com o arcebispo metropolitano Dom Dadeus Grings para definir um novo nome”, observou. Pela familiaridade com a BM, Hofmeisteir recebeu a incumbência. A primeira missa como capelão honorífico ocorreu na APM e reverenciou a memória de Peters. Em novembro, as cerimônias pela passagem dos 169 anos da BM já contavam com as palavras do pároco, não sem antes se cumprirem os trâmites da Igreja Católica. “Foi necessária uma autorização de Brasília vinda do arcebispo militar (que tem a titulação de Cel do Exército). Ele é o responsável pelos Capelões das Forças de segurança.”
Por iniciativa própria, o novo capelão adaptou a gola de uma camisa do uniforme oficial da BM para os padrões presbiterianos, buscando empatia com praças e oficiais. “O padre João sempre me disse que a BM era uma família e eu achei importante usar uma farda adaptada”, salientou.

A Ufrgs e os Papas

Antes de optar pelo sacerdócio, o padre de 34 anos estudou Direito por dois anos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pretendia seguir a carreira diplomática, porém percebeu que seria muito difícil e optou por História – assunto que o fascinava. “Eu não tinha vocação para o Direito. Pedi para trocar de curso, e as funcionarias da Ufrgs perguntaram se eu não estava enganado, afinal, Direito era bem mais concorrido, recordou com bom humor. Por dois anos cursou Historia, mas não se diplomou.
Disposto a seguir o caminho de Deus, por cinco anos viveu em Pamplona, na Espanha, onde fez o seminário. Lá conheceu o cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI. “Ele apertou minha mão e quando eu disse meu sobrenome (de origem alemã), ele perguntou de onde eu era. Disse que era do Brasil, e o cardeal achou estranho”. O novo Papa impressionou o capelão. “Ele rezou conosco e mostrou-se uma pessoa com inteligência acima da média”, elogiou.
Participando de encontro de jovens religiosos pela Europa também conheceu João Paulo II. “Durante uma missa rezada na Praça de São Pedro consegui uma cadeira a 10 metros do Papa. Ele era um filósofo e muito bom comunicador.

 

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