A fundação da igreja de Santo Antônio, na Capital paulista, é anterior ao ano de 1592

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Estamos falando de uma “ermida/capela, anterior à década de 90, do ano de 1500

Aqui, estão transcritos os dois primeiros parágrafos da página 235, já no tocante, ao capítulo XI, referente ao título, “Igreja de Santo Antônio”, do livro “São Paulo Antigo”, de Antônio Egídio Martins, publicado em 1973. E, sobre este texto, faremos breves digressões e análises.

“A antiga Igreja de Santo Antônio foi, em 1717, reedificada às expensas de alguns devotos, ignorando-se a data da sua fundação e quais foram seus fundadores.

No mesmo lugar onde está a referida igreja, existiu, muitos anos antes, uma capela que serviu de matriz durante os consertos da que então existia, mas que, com o tempo, caiu em ruínas, sendo tradição que a origem da referida capela foi o fato de haverem os religiosos franciscanos dado ali princípio ao convento de sua ordem sob a invocação de Santo Antônio, tendo eles o abandonado logo, para construírem o que ora existe e sob a invocação de S. Francisco. ”

Com este texto, dá-se início, ao trabalho crítico e discursivo, sobre a bibliografia histórica, existente da antiga capela de Santo Antônio de São Paulo, atual, igreja de mesmo nome, ainda existente no mesmo endereço, à rua Direita, na Capital paulista.

Começa por expressar o nobre autor, Paulo Egídio, sua referência sobre a antiga igreja de Santo Antônio, reedificada em 1717, por devotos, e deixando bem claro, o desconhecimento da data de sua fundação e quem teriam sido seus fundadores. Mas, também, Paulo Cursino de Moura, outro autor bastante importante, no livro “São Paulo de outrora”, da história de São Paulo, cuja obra data de 1943 (40 anos antes do primeiro autor), expressa os termos em que foram baseados a narrativa de Antônio Egídio Martins, que bibliografa Cursino. Porém, destaque-se em Cursino, que de uma forma indireta, sobre a questão da origem da capela, com os seguintes termos: “Prova inconcussa. Domínio perfeito. 300 anos quase de posse, quando o usucapião exige apenas trinta”. Último parágrafo da página 50. Sem ofertar a fonte, Cursino deixa em aberto, que a Capela de Santo Antônio deva ser quinhentista.

No entanto, no livro “Ensaios paulistas”, de 1958, compilação histórica, comemorativa ao IV centenário de São Paulo, no capítulo “Igrejas do século da fundação”, produzido pelo historiador Nuto Santana, na página 487, o autor é bem específico, quando fala da lenda de construção dessa capela pelos franciscanos, afirmando que Afonso Sardinha, deixou em testamento, no ano de 1592: “à ermida de Santo Antônio, dois cruzados”. Ou seja, a origem é anterior ao ano de 1592.

Outras questões, sobre estes mesmo textos ainda serão objetos de outras discussões, mas a data a ser citada, corretamente, sobre a fundação da Ermida de Santo Antônio/SP (Patriarca) deve ser: “anterior a 1592”.

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