Uma análise do Beato Antônio de Categeró na Procissão de Cinzas da OTF de São Paulo
(Em construção)
O objetivo desta postagem é identificar o Beato Antônio de Categeró, um irmão terceiro franciscano, que deveria figurar regularmente, em todas as Procissões de Cinzas, de como o não foi considerado, em São Paulo, por sua ordem. Mas, foi com a participação do beato, que ocorreu na maioria das procissões dos séculos de XVII à XIX no Brasil e em Portugal, onde Categeró, por esta ou, por outra de suas denominações, se fez presente.
E, pelo menos, uma procissão de cinzas, como o era, há mais de dois séculos, ainda desfila na circunscrição de sua paróquia em Portugal e, talvez, em outras que não sabemos.
Mas aqui, em São Paulo, não existe objetivamente, o registro, de ter o Beato Antônio de Categeró, participado de “um” dos cortejos das Procissões de Cinzas da Capital paulista, que aconteceram dos anos 1.685 à 1.887.
Uma situação que fica dificultada em entender. A imagem do Beato Antônio de Categeró, em tamanho natural, do tipo imagem de vestir, construída especificamente, para o desfilie da Procissão de Cinzas, e existente em destaque, num dos altares da da Igreja de São Francisco da Penitência, Ordem Terceira Franciscana, parece nunca ter desfiliado na procissão. Ou pelo menos, se ocorreu, não foi citada, como normalmente, ocorreu em outras localidades de Brasil e Portugal.
As imagens que desfilam nessa procissão devem ser exclusivas, para santos e beatos integrantes da Ordem Terceira Franciscana, exceptuando as Nossas Senhoras e Estações Bíblicas.
VI – As Procissões
“Acerca das procissões que, durante a Quaresma e Semana Santa, se realizam nesta cidade, desde tempos imemoriais, escrevemos algumas notas históricas sobre as mesmas, as quais são as que se seguem:
A Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, que foi, no ano de 1685, ereta nesta capital, costumava fazer, na quarta-feira de cinza, a tradicional procissão de cinza que saía da respectiva igreja a percorrer várias ruas da capital. Essa procissão que, ao que parece, desde 1882, época em que o conselheiro padre Dr. Vicente Pires da Mota desempenhava o cargo de diretor da Faculdade de Direito de São Paulo e de comissário da referida Ordem, deixou de se realizar e constava a mesma de grande número de andores, nos quais eram carregados Santo Ivo, S. Luís, Santa Rosa de Lima, Santa Margarida, S. Francisco, Santo Antônio, Santo Padre com dois Cardeais, Divina Justiça, Nossa Senhora da Conceição, Santa Rita, Santa Isabel, Calvário e outros santos que agora não nos ocorre.” – “Santo Antônio de Lisboa não poderia ser inscrito em uma relação de irmãos terceiros. Ocorre que ele é um irmão da ordem primeira. O único irmão terceiro franciscano com nome de ANTÔNIO é o Beato Antônio de Categeró. E uma imagem tamanho natural dele é um dos três altares da igreja dos irmãos penitentes de São Paulo.”
Correspondente ao texto integral, a partir do título e dos dois primeiros parágrafos, da página nº 48, que está assinada pelo próprio autor da obra, Antônio Egídio Martins, no livro: São Paulo antigo (1554-1910), editado sob a chancela do Conselho Estadual de Cultura, na Coleção História, organizado por Fernando Góes, que não indica a editora, a data e a tiragem da impressão.
Uma pequena linha de tempo
– Fundação da OTF – 1624;
– Chegam os integrantes da OPF – 1639, e instalam-se na Igr de Santo Antônio já existente;
– Visita de superior Franciscano em 1643 e define que es construa um novo Convento;
– 1772 foi ereto e teve inicio o uso do Convento novo.
– 1685 a OTF torna ativa a Procissão de Cinzas que dura, quase dois séculos, 1885. (198 anos)
Capela dos Aflitos – adequar
Segundo Paulo Cursino de Moura, em São Paulo de Outrora, produzido pela Livraria Martins Editora, de São Paulo Capital, em 1943, de páginas 95 à 97, quando relata datar a capelinha de 1774, construída ao tempo do Bispo Frei Manuel da Ressurreição, acreditando que a data de 1869, que se lê na fachada, refere-se à data de uma possível reforma e outras importantes informações históricas desse local. Outro historiador paulista que descreve, amiudamente, a história dos franciscanos (OTF e OPF) é Antônio Egídio Martins, no livro São Paulo Antigo (1554-1910), editado pelo Conselho Estadual de Cultura, sob a organização de Fernando Góes, antes da metade do século passado, de páginas 86 à 90.
URL curta: https://categero.org.br/antigo/?p=11206