O uso de Categeró no Rio de Janeiro, nas festas das igrejas, no espaço da rua
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Senhoras e moças da Umbanda ou “Umbandomblé” (4), com suas vestes rituais, se postavam, arqueadas sobre os joelhos ou sentadas ao longo do gradil post ao lado da igreja. Sobre uma toalha estendida no asfalto ou num tabuleiro, havia imagens de S. jorge, Santo Onofre, S. Lázaro, santinhos de Sto. Antônio do Categeró, com velas brancas e vermelhas acesas. Estavam ali para dar consulta, vender patuás e outros objetos “portadores de axés”, orações etc. Em alguns desses altares improvisados se viam tgocos de cigarro, cachimo (de uso comum de Exus e outras Entidades do “Povo-da-rua”) e caixas de fósforos.
Mulheres e homens de diversas idades passavam ao longo das filas, distribuindo orações para Santo Antônio do Categeró, Santo Expedito, com propagandas de serviços religiosos em igrejas ortodoxas populares ou católicas brasileiras. A moça que distribuía santinhos de Santo Expedito dizia que pagava promessa “por uma grande graça alcançada.”
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(4) – N.R. nº 4 – Expressão recorrente entre pesquisaodres de religião no Rio, na década de 1990, para designar os grupos religiosos de “Umbanda traçada com Nação” ou “com Nagô”.
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Excerto das páginas 87 e 88, de autoria de Bartolomeu Tito Figueirôa de Medeiros, com o título: “Festas católicas comentando três celebrações”, como capitulo do livro: Questões ambientais e sociabilidades”, organizado por Célia Toledo Lucena e Maria Christina de Souza Campos, editado pela Humanitas, em São Paulo/2008;
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