Os livros editados pelo Ms. Guastella sobre o Beato Antônio de Categeró
Encontrando Categeró
Na realidade, o Ms. Slavatore Guastella, padre italiano, em paralelo as suas atividades religiosas, definidas pela igreja católica, tinha por hobby as pesquisas sobre a vida de clérigos, oriundos de onde ele era originário, ou que atuando no Vale do Noto e Sicília, sobre os tenham sido desenvolvidos processos de beatificação ou santificação.
Sua pesquisa ao Beato Antônio de Categeró é iniciada a partir de quando encontrou a referência concreta sobre um processo o beato, depositada na biblioteca municipal de Palermo. A indicação ocorre a partir do opúsculo de Manoel Vitor, que Guastella recebeu no Brasil, em 1968, quando trouxe as relíquias do Beato para a Igreja de Nossa Senhor do Ó. O opúsculo que lhe fora entregue havia sido escrito, dez anos antes, por Manoel Victor de Azevedo e foi fundamental para que localizasse a documentação sobre Categeró.
Vale ressaltar que a cidade de Noto, em 1693, sofreu um grande terremoto, dentre os maiores da história humana. Esse abalo sísmico fez com que a cidade fosse reconstruída em outro lugar, para lá sendo transportado o que sobrou, no caso das igrejas. E muito da memória cultural foi perdida.
O primeiro livro

O primeiro livro foi editado em português e para o Brasil

Mas, o primeiro livro foi vertido pelo autor italiano, para sua terra e de Categeró, a Itália.
Durante quase oito anos, a partir daquela informação, ele desenvolveu coletas e, algumas, buscas sobre o assunto que lhe deram a convicção da existência real, inclusive localizando os restos mortais e formalizando o reconhecimento pela igreja católica. E, com esse material concebeu seu primeiro livro, com o título: Santo Antônio de Categeró – Sinal profético do empenho pelos pobres. A obra foi produzida especialmente para o Brasil, pela Paulus Editora. Sendo a primeira edição em 1986 e, seguindo-se, mais três reimpressões, denominadas como reedições respectivamente: em 1994; 1998 e 2002.
Essa mesma obra, promovida no Brasil, após sua primeira edição em 1986 e, antes da segunda em 1994, foi em 1991, publicada em italiano, impressa e patrocinada pela Cáritas Diocesana de Noto e lançada na Itália, com o título: Fratelo negro – Antonio di Noto detto L’etiope. Mas o conteúdo era o da obra publicada no Brasil. Ele tem uma apresentação com inserções de desnhos ilustrando a história de Categeró e a capa, por artistas italianos locais. Apesar de ser listado em separado, em razão das ilustrações, da língua e do título, o livro Fratelo Negro, de Ms. Guastella, quanto a conteúdo, é o mesmo livro com quatro impressões no Brasil.
O segundo livro

Essa pode ser considerada a obra completa de Categeró , pois consta o único dos três tomos existentes de seu processo de beatificação.
No mesmo ano que a obra produzida para o Brasil rodava sua quarta impressão, com a denominação de edição, em 2002, o segundo livro do Monsenhor Guastella era editado na Itália, novamente, pela Cáritas Diocesana de Noto. A obra está denominada de: Lui e noi per loro, traduzida do italiano, seria: Ele e nós por eles.
Neste livro, todo produzido em papel couché, com algumas fotos e gravuras a cores, o monsenhor Guastella fez a compilação de todas as fontes que coletou em latim, e ainda existentes, que relatam decisões canônicas ou a que tem oúnico tomo, de três, que compunham o processo diocesana de beatifica de Antônio de Categeró. Essa obra, com 242 páinas, inclusive, foi recebida no prelo, recebendo uma menção do próprio Papa Giovanni Paollo II, que cosnta na capa do livro. Também, na capa está expresso que nelas estão as fontes dos arquivos e documentos sobre o Beato Antonio di Noto (+1550) detto L’Etiope o de Categerò.
Este livro fez toda prova suficiente de que o Franciscano da Ordem Terceira, de Noto, vinculado à Igreja de Santa Maria de Jesus, dessa mesma cidade, onde estão seus restos mortais, no salão da igreja, foi beatificado em 13 de abril de 1639. E é por essa mesma igreja que se encontra no Vaticano o processo de Canonização do Beato.
“Uma coisa é certa e deve ser sempre evidenciada. Se não houvesse o livro de Manoel Victor, feito pela igreja de Nossa Senhora do Ó, em São Paulo, poderia não ter existido a obra do Monsenhor Salvatore Guastella. Por isso, deveremos eternamente, considerar como o símbolo do que o o próprio Monsenhor Slavatore, em sua obra denominou, que de São Paulo veio renascimento da devoção ao Beato Antônio de Categeró.”
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