R E C A D O do E V I O (também por Categeró)

Irmandade & Igreja centenária é vitima da (IN)justiça

(Procissões e Festas Populares)

Na capital paulista se destacam três monumentos religiosos centenários construídos por negros e negras católicos escravizados e forros. Trata-se de Igrejas que foram edificados e mobiliadas pela comunidade negra, a Igreja da Boa Morte (ereta em 1810), Rua do Carmo, que até recentemente abrigou o Instituto do Negro Padre Batista, a Pastoral Afro Arquidiocesana e o Quilombo Central. Atualmente este patrimônio da comunidade negra católica é administrada por uma entidade que não pertence as entidades negras católicas. O Santuário da Imaculada Conceição de Santa Ifigênia (ereta em 1817), Largo de Santa Ifigênia. A Irmandade de Santa Ifigênia e Santo Elesbão edificou esta Igreja que durante a construção da Catedral da Sé, serviu de Catedral da Arquidiocese de São Paulo. No inicio do século passado, durante o processo de romanização da Igreja Católica no Brasil, a Irmandade foi expulsa da Igreja, que hoje abriga a Irmandade de São Benedito e o grupo Mariama da Terceira Idade, apesar de sua administração não pertencer também as entidades negras católicas. O nosso questionamento e nota de repúdio se dá em razão da Igreja de Nossa Senhora do Rosário da “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo” (ereta em 1711) no Largo do Paissandu, está a mais de DEZ (10) anos sob uma inexplicável intervenção Judicial, que pelos longos anos de inércia Judicial, consideramos ser uma ação discriminatória e um fragrante ato de intolerância racial e religiosa, sabemos que a morosidade da justiça neste estado e neste país é uma chaga endêmica e mal resolvida ou curada, não queremos nenhum espécie de beneficio, mas levar tanto tempo para apurar e solucionar uma pendência Judicial é no mínimo uma ação controversa e de difícil aceitação.

Diante do exposto, conclamamos as pessoas de boa vontade que somem conosco numa corrente de fé e de Justiça, no sentido de dar um paradeiro nesta “pendenga” e resolvermos este embrolho jurídico. Conclamamos os Padres Luiz Fernando, coordenador da Pastoral Afro da Arquidiocese de São Paulo, José Enes de Jesus, Presidente do Instituto do Negro Pe. Batista, Pe. Jurandyr, Acessor da Pastoral Afro na CNBB; Ministro Joaquim Barbosa, Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal; a Profa. Elisa Lucas Rodrigues, Coordenadora das Políticas Públicas para a População Negra e Indígena do Estado de São Paulo – órgão da Secretaria de Estado da Justiça; Dr. Marco Antonio Zito, Presidente do Conselho da Comunidade Negra do Estado de São Paulo; Netinho de Paula, Secretario Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Deputados Estaduais Lecy Brandão, Luiz Claudio, Adriano Diogo; Deputados  Federal Janeth Pietá, Vicentinho; vereadores Orlando Silva, Paulo Batista Reis; Dra. Carmen Dora de F. Ferreira, Presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-SP; jornalistas Oswaldo Faustino, Jader Nicolau Jr, Antonio Lucio, Moisés da Rocha, Mauricio Pestana; Prof. Dr. José Vicente, Reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares; Dr, Édio Silva Jr.; SOS Racismo; Pastoral Afro da Arquidiocese de São Paulo; Instituo Luiz Gama; as Pastorais Afro, Congadas, Guardas de Moçambique, todos e todas Agentes de Pastoral Afro; & todos e todas que se sentirem motivados a lutar contra esta (IN)Justiça.

Guilherme Botelho Junior

(11) 9.8049-7256

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