Categeró em Portugal no Séc XVIII

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Fonte:

Viagem em Portugal (1798-1802).
Ruders, C. I. (1981).
Lisboa: Biblioteca Nacional.

A imagem do Santo Antônio preto, representado com o Menino Jesus no colo, tal qual a capa do compromisso da Irmandade de Santo Antônio de Categeró na cidade da Bahia, foi muito popular em Portugal.

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Imagem na Igreja de São Francisco das Chagas – o pai Seráfico, talvez uma das mais antigas imagens de Santo do Brasil.

No final do século XVIII, o sacerdote sueco Carl Israel Ruders presenciou uma das mais  importantes procissões do calendário festivo de Lisboa. Na procissão de Santo Antônio de Lisboa, desfilavam pelas ruas “uma grande quantidade de imagens, algumas representando Santo Antônio e a Mãe de Deus com o Redentor nos braços”. Dentre as inúmeras imagens, a de um santo preto era um dos atrativos da procissão. “O andor deste santo preto, de lábios grossos, era levado por negros e acompanhado por padres da mesma cor, seguidos de uma multidão de pretos e mulatos” (Ruders, 1981: 52). É provável que o santo preto que desfilava na procissão do patrono de Lisboa fosse o particular Santo Antônio dos negros.

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Nota do Portal: 

Em São Paulo a irmandade do Beato Antônio de Categeró foi fundada 1592 e levou um tempo regular para a sua criação. Assim a devoção ao Beato já existia e era forte, em São Paulo, a partir de 1590.

Na Bahia a irmandade do Beato Antônio de Categeró foi fundada em 1699 e levou um tempo regular para a sua criação. Assim a devoção ao Beato já existia e era forte, em Salvador, bem antes de 1699.

Os jesuítas que trouxeram o Beato Antônio de Categeró para o Brasil, devem tê-lo feito por volta de 1590. E não o fizeram direto da Itália. Eles procederam via Portugal onde a devoção do Beato já existia (como acima está provado);

Em segundo lugar os jesuítas não teriam todo esse desvelo para com o venerável, se eles não tivessem a informação da beatificação de Categeró em 13 de abril de  1599, na Diocese de Noto, onde hoje ele é o Padroeiro.

O Beato Antônio de Categeró convive, e está entre nós brasileiros, há mais de 425 anos.

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