Na época de Categeró a segurança pública não existia enquanto conceito. Não existia toda a teoria do Estado contemporâneo. Mas existiam os presos, os doentes e os famélicos da rua. Estamos falando dos idos de 1500.
E, se ele desenvolvia sua ação evangelizadora e assistencialista sobre estes grupos sociais, isto ocorreu por serem a sociedade daquela época e a de hoje, iguais e, de alguma forma, também operar com exclusões. Nos países de economia emergente os presos, os doentes e os famélicos de rua, continuam sendo uma questão social estereotipada. Por isso mesmo, objeto do preconceito social. Era sobre eles que Categeró exercitava sua fé e os transformava em objetivo concreto de sua ação cristã, de religiosidade e caridade. E é sobre estes grupos sociais, hoje, que incide a maior ação do serviço dos quadros da segurança pública, principalmente, os policiais fardados.
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como o faz todo o ano, dedicou o ano de 2009, da Campanha da Fraternida para a questão da segurança pública brasileira. Tinha como tema: “Fraternidade e Segurança Pública”; e como lema: “A Paz é fruto da Justiça” (Is 32,17). Dentro destes parâmetros nosso beato é um exemplar paradigma.
Propomos, então, que Santo Antônio de Categeró cujo exemplo de vida, cuja ação social por ele desenvolvida, mesmo como escravo, em prol da sociedade de sua época (os presos, os doentes e os famélicos de rua), é exemplar, e seja assim compreendido por todos os integrantes do serviço policial – quadros da segurança pública brasileira de hoje -, como um modelo de referência.
Por isto propomos o Beato Antônio de Categeró para padroeiro da função Segurança Pública, mas nunca entendido como o protetor de alguma das categorias policiais ou instituições policiais civis, militares ou outras.
Salve o Beato Antônio de Categeró, de Noto, de Calatagerona, Categerona, Catigeno, Catigeró, Categiro, Cartago, Etíope ou Aethiopis e outras denominações que autonomamente se desenvolveram, tão somente pela devoção de pessoas de locais longínquos.