O líbio que conhecia o islã e aceitou o cristianismo voltará à Líbia
O salmo 140, em seu versículo 12, define: “O Senhor manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado”. Categeró era o líbio que sofreu a opressão do exílio e da escravidão. E mesmo escravo, não se sentia um necessitado materialmente, quis com o cristianismo suprir sua necessidade espiritual. Por isso com os erceiros. Imagino que ele, ao final da vida, com seus 60 anos de idade, no intervalo de suas orações devia resignado evocar suas reminiscências da infância na terra natal e dos pais e irmãos, dos quais nunca mais soube. Quando jovem este etíope teve, na tenra idade, subtraída a liberdade e foi conduzido à escravidão, longe da sua Líbia.
Faço essa relação, pois que o tempo de vida do Beato Antônio de Categeró, longe de seu berço natal até sua morte, quase equivale ao tempo em que o povo líbio, ao qual ele pertencia, esteve oprimido dentro da própria Líbia. Houve 40 anos de exílio de Categeró fora da Líbia, mas houve 42 anos de exílio do povo líbio, dentro de seu próprio país. Agora, talvez, a determinação estatal, de que os nacionais sejam, obrigatoriamente, devotos do Islã, sofra alteração.
Católicos e Muçulmanos irmanados
Faço essa relação, pois que o tempo de vida do Beato Antônio de Categeró, longe de seu berço natal até sua morte, quase equivale ao tempo em que o povo líbio, ao qual ele pertencia, esteve oprimido dentro da própria Líbia. Houve 40 anos de exílio de Categeró fora da Líbia, mas houve 42 anos de exílio do povo líbio, dentro de seu próprio país. Agora, talvez, a determinação estatal, de que os nacionais sejam, obrigatoriamente, devotos do Islã, sofra alteração.
Lá temos devoção cristã Católica estruturada, seja Grego-Ortodoxa, Copta-Ortodoxa, Romana, Anglicana ou Union Church que constitui 3% da população. Em uma nação que tem quase 20% de estrangeiros – a maioria de outros países da África – e, que por certo, também a maioria islâmicos, a expressão católica é uma resistência, que não foi possível aos judeus que tiveram de ir todos embora. Mas Categeró que tinha a raiz islâmica retornará como evangelizador cristão de seu próprio povo.
Assim que a liberdade religiosa possa existir, de fato, aos nascidos na Líbia, tenho certeza de que o beato Antônio de Categeró será por eles resgatado como um patrício de exemplo na ação cristã, muito importante. E a convivência harmônica que os países do ocidente propiciaram na Líbia e, propiciam em suas nações, ao Islã, receberá a devida reciprocidade. O Islã líbio já está lembrando, aos demais Islãs do mundo, o apoio do mundo cristão à libertação Líbia.
Muçulmanos e católicos irmanados
Na palavras do próprio Profeta Moamé existe proximidade entre cristãos e muçulmanos, quem diz é xeque Ali AL Maghribi:
“A aliança entre rebeldes líbios e potências ocidentais contra Muammar Gaddafi prova que muçulmanos e cristãos são parceiros, conforme determinação divina”.
Esta é a interpretação religiosa do conflito na Líbia segundo o xeque Ali al Maghribi, um dos mais importantes clérigos de Benghazi.
“O Corão diz que somos muito próximos dos cristãos. Agora sabemos o quanto isso é verdade”, disse Maghribi, numa referência ao apoio político e militar fornecido aos insurgentes por França, Reino Unido, Itália e EUA.
“A coalizão salvou nosso povo e continua nos ajudando”, afirmou o xeque diante de 5.000 pessoas reunidas numa praça à beira do mar Mediterrâneo para ouvir a pregação de sexta-feira, dia sagrado dos muçulmanos.
Maghribi pediu às potências ocidentais que não tenham medo de fornecer armas e treinamento bélico às forças anti-Gaddafi.
“Não somos a Al Qaeda nem o Hizbollah [grupo xiita libanês]. Prometemos que as armas que vocês nos fornecerão jamais serão usadas contra vocês”, afirmou, numa aparente alusão ao precedente afegão – milícias armadas pelos EUA para combater os russos, que acabaram ajudando a criar a rede terrorista Al Qaeda.”