Categeró com a batina marrom

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As tradicionais batinas marrons em uso pelos franciscanos

Monsenhor Salvatore Guastella usou na capa de seu livro “Santo Antônio de Categeró – Sinal profético do empenho pelos pobres”, editado pela Paulus, uma imagem de Categeró com a batina marrom. Mas a aplicação ou saturação das cores, por ocasião da impressão, deixou a imagem muito carregada de cor e, nota-se uma diferença entre a capa da 1ª edição em 1986, para a capa da 4ª edição em 2002. Nesta última, o marrom está extremamente escuro, a capa olhada a distância, pode a cor ser confundida com preto, ao contrário do marrom inconfundível da primeira edição em 1986.

Mas, pelo menos na internet, é bem nítida a mudança da coloração nas imagens anteriores e posteriores à bibliografia do Ms. Guastella. Antes a pesquisa de imagens relatava uma maior quantidade de imagens em que o beato era apresentado com batina preta. Já no início da década de 90, do século recentemente passado, houve a inclusão de imagens com a batina marrom. Por isso hoje temos uma prevalência das imagens de batinas marrons em detrimento das imagens de batinas pretas, mas ainda existentes.

Dois são os fatores determinantes dessa mudança midiática: o livro do Ms. Guastela que está completando 25 anos e o portal www.categero.org.br.br que atuou de 2002 até 2004,  hoje com prosseguimento pelo domínio www.categero.org.br desde o início do mês de outubro de 2010.

Define nossa avaliação sobre a maior ou menor preferência no uso das cores marrom ou preta, nas batinas das imagens do beato Antônio de Categeró, a internet. Apesar dos “grandes Categerós” ou “Categerós Sacros”, que são imagens artísticas depositadas em igrejas, oratórios e museus, que também estão divididos na aplicação destas duas cores, é ainda, o santinho enquanto estampa impressa, para a devoção pessoal, e as imagens de estátuas, produzidas para a comercialização aos devotos, onde se firma a cor de maior aceitação.

Por razões que não serão avaliadas nesta postagem  vamos trabalhar a comparação de imagens com batinas com a cor marrom, em contra ponto as imagens  com a cor preta. Na década de 90, ainda, havia o predomínio da cor preta. A virada do século chegou com equlíbrio entre as duas e ao final da primeira década deste século, já há um leve predomínio da cor marrom, melhorando o pronto reconhecimento por qualquer pessoa, de que se trata da imagem de um franciscano.

E isso é muito importante para a definição de identidade da imagem de um beato ou santo. Poderemos reunir, rapidamente, até uma dúzia de imagens carregadas na cor preta, tanto batina como no próprio santo, mas que isoladamente, comprometem o princípio da unidade da identidade pública de qualquer venerável, beatificado ou santificado. Claro que nas imagens artísticas e sacras isso tem ser relativizado, sem contudo que se mantenha o precedente da adulteração em situações futuras.  Assim, atos festivos de igrejas que tenham essas estátuas, trabalhem seu processo de mídia a partir de sua imagem de devoção, mas observando dois aspectos: primeiro inscrevam na estampa que for publicada que a imagem de Categeró é identificada ao nome da igreja, ratificando que é imagem existente, ali, do beato; e em segundo lugar, que ainda levará algum tempo, para a aceitação é a necessidade de uma imagem padrão, unificadora de todas as imagens particulares. Que haja o consenso sobre qual será essa imagem e que todos passemos a usá-la.

 

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