Um estudo definindo uma Linha de Tempo na história de Categeró
Esta linha de tempo (LT) é uma proposta para que melhor a compreensão, memorização e assimilação dos fenômenos decorrentes da beatitude de Tio Antônio. Ela não se define como sendo a linha de tempo da vida de Categeró. Outras formas poderão ser utilizadas e são bem vindas. As fases se estabelecem no plano histórico com divisões temporais de sólida definição de situações propiciadas pela vida de Categeró, mas muito maior e principalmente, pelos fenômenos da devoção que segue seu exemplo de virtude. Principalmente, quando nos deparamos com um fenômeno ou fato histórico novo, a existência em nossa consciência dessa propositura – LT, permite correlacionar as diversas motivações dos fatos que lhes deram motivo, bem como daqueles que dali vão suceder.
A Linha de Tempo na história da vida e devoção ao Beato Antônio de Categeró, em todas as suas denominações, que traçamos abaixo, usa os maiores eventos e, respectivas as datas, situando os fatos, como divisores naturais do processo histórico. Abaixo estão descritas e estabelecidas as fases:
1ª Fase – Vai do nascimento (1490) até 1663, com a vida, escravização, morte, milagres, processo de beatificação e terremoto em Noto, com destruição da igreja com seu o túmulo de Categeró;
2ª Fase – De 1693 até1730/60 – a assunção jesuítica da difusão de Categeró até próximo da expulsão dos jesuítas do Brasil;
3ª Fase – Vai de 1730/60 até 1861 – Trata da continuidade da expansão no desenvolvimento da devoção pelo imenso território brasileiro;
4ª Fase – De 1861 até 1987 – da letargia sertaneja e melancolia quilombola ao renascimento;
5ª Fase – De 1987 – Houve o reflorescimento da devoção a Categeró que segue em assenção até os dias atuais. Inclusive, se estabelecendo até no extremo sul do Brasil. Esta fase está em aberto.
1ª Fase
Vai do nascimento (1490) até 1693 – Vida, escravização, morte, milagres, processo de beatificação e Terremoto em Noto com destruição da igreja com seu túmulo.
Nesta 1ª fase da devoção a Categeró estão sua biografia, constituída da sua vida, aprisionamento, escravização, morte, processo de beatificação com os milagres e outras manifestações de graças relatadas por sua intersecção. O ponto de referência mais significativo para seu encerramento é o terremoto de 1693 que destruiu parte da cidade de Noto, na Itália e, a igreja onde se encontravam os restos mortais do Beato e que vai gerar uma estagnação na devoção notina.
2ª Fase
De 1693 até1730/60 – a assunção jesuítica da difusão de Categeró até próximo da expulsão dos jesuítas do Brasil;
Esta 2ª fase da história da devoção se considera o “surgimento da fé ultramarina”, ou seja, como se transplantou de Noto, na Itália, para Lisboa em Portugal e, de lá, para Salvador/BA, no Brasil. E ainda, na mesma linha de raciocínio como avançou para a República do Congo, Angola e a a costa da Etiópia. Pode ser uma referência significativa, em 1699, com a criação da irmandade de Santo de Categeró em Salvador/BA, no Brasil. É também, esta, a fase com menor disponibilidade de informação. O ponto de referência mais significativo de seu encerramento é a expulsão dos jesuítas do Brasil. Eles implantaram a devoção e não puderam consolidar um processo estratégico para a dimensão geográfica brasileira. Tanto que a data de término é a referência mais forte da história naquele momento de algo vinculado com a devoção de Categeró, mas que não pode ser estanque e, por isso, foi posta em uma faixa de razoabilidade de uns trinta anos.
3ª Fase
Vai de 1730/60 até 1861 – Trata da continuidade da expansão no desenvolvimento da devoção pelo imenso território brasileiro.
A 3ª fase da história da devoção se inicia com o “florescimento dessa fé no Brasil”, com seu avanço, lento e gradual, pelo território brasileiro desde a região nordeste, a partir de Salvador/BA e Olinda/PE para a Região sudeste brasileira. Nesta região avança nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Porém, ella se esvai e tem seu ocaso com datas que variam por região brasileira com o advento da extinção das Procissões de Cinzas, Este tipo de evento religioso era, até então, o carro chefe da difusão de Categeró no Brasil. Desativadas colocam a devoção em estagnação. A data de 1861 é, mera referência, já que ela trata da extinção das procissões no Rio de Janeiro, enquanto houve continuidade, ainda por algum tempo, em outros estados. A expansão continental no brasileira dessa fé ocorreu, com regularidade mensurável, enquanto perdurou as Procissões de Cinzas até por volta de 1861/1900.
4ª Fase
De 1861 até 1987 – da letargia sertaneja e melancolia quilombola ao renascimento;
Estagnar não é extinguir. A extinção se deu com o motor propulsor da devoção as procissões. Mas ela, devoção perdurou. Já estava enraizada em algumas localidades e cidades. Estruturou-se a partir das localidades e igrejas onde houvera a Procissão de Cinzas. As imagens de roca e estátuas de Categeró, Categiró ou Categerona entre outros nomes, se incorporaram às respectivas igrejas. Dois fenômenos, novos, independentes e paralelos, se apresentam e fazem a manutenção sem crescimento objetivo, através da devocionalidade familiar, de mães e avós, para filhos ou netos. É a letargia sertaneja e melancolia quilombola, mais ativa e produtiva a primeira que a segunda, mas igualmente importantes e atuando em áreas diversas nas localidades. O ponto de referência mais significativo de encerramento, dessa fase, parece ser na Matriz de Nª Sª do Ó, em São Paulo, quando é recebida a relíquia de Categeró. Mas, o fato se consubstancia, de fato quando monsenhor Salvatore Guastella, lança o livro “Categeró – Sinal profético de empenho pelos pobres”. Guastela consigna no livro como “Renascimento de Categeró”, 1978. Mas em fatos, a data, a ser considerada, deve ser 1986, com o lançamento do livro com a publicação da vida do beato, de seus milagres e da narrativa de existência da própria relíquia, doada pelo arcebispado de Noto, Itália, à igreja de Nª Sª do Ó, em São Paulo, Brasil.
5ª Fase
De 1987 – Houve o reflorescimento da devoção a Categeró que segue em assenção até os dias atuais. Inclusive, se estabelecendo até no extremo sul do Brasil. Esta fase está em aberto.
Trata a 5ª fase, da parte da história dessa devoção, considerada a universalização de Categeró, inclusive para além das fronteiras do Brasil, em todas as direções do mundo, mas a partir do Brasil. O país passa a ser o pólo irradiador da devoção do beato Antônio de Categeró, no Brasil, António de Noto, em Portugal; e Antònio Etíope, na Itália. Hoje, resgatou e deve possuir devotos e admiradores em três dos continente do Mundo. Europa, Américas e África. Mesmo que na década de 90 existissem católicos que não conhecendo Categeró e, sendo ele venerado por outros cristãos católicos não romanos, como os Católicos Apostólicos Brasileiros, os Católicos os Apostólicos Sirianos e os Apostólicos Ortodoxos, Gregos, alguns Católicos Romanos infestavam a internet com meias verdades, levantando dúvidas sobre o Beatitude de Antônio de Categeró. O Senhor Deus foi justo e no final da primeira década, deste século, o problema se circunscreve a apenas um site que a aguarda o posicionamento da “Congregação para causa dos santos” sobre a situação jurídico/canônica de Categeró. E é para dirimir essas dúvidas de irmãos, cristãos ou não, que www.categero.org.br cumpre sua função missionária e contribui para a universalização de um conceito espiritual cristão propugnado pelo nosso beato.